quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

...Cá, com os meus botões... (porque eu adoooro trocadilhos)


NY 19/10/2007



E eis que um único telefonema fez entrar para a história o curto percurso que separa o prédio da Universidade de Nova Iorque, onde busco algumas de minhas respostas, da mesa do bar mais próximo, onde busco outras tantas. A notícia de que meu melhor amigo, irmão, companheiro de tantas aventuras, em aproximadamente nove meses, trocaria as taças de champanhe pelas mamadeiras quentes madrugadas a dentro veio como um espécie de tremor de sete graus na escala richter. Os últimos sacolejos dos últimos meses, -- tão intensos quanto doloridos, tão alegres quanto representativos --, já vinham me alertando para uma realidade iminente: a vida mudaria. E se restava alguma dúvida, ela foi à baixo junto com “casa que caiu”, nas palavras assustadas e entusiasmadas que ouvi naquela noite do dia 18. Pronto. Mudou. Não falo da minha, em especial. Falo, de um modo geral, de todos os envolvidos nessa caminhada. Sim, um novo ciclo se inicia. Um ciclo que traz consigo uma tsunami de novos questionamentos, possibilidades e responsabilidades. Uma fase em que antigos conceitos começam a ser revistos e reavaliados e em que novos posicionamentos precisam ser tomados. E confesso que me sinto assustada. Ou melhor, atormentada pela minha autocrítica. Não pelo fato de não saber fazer. Mas, pelo simples fato de ainda não me sentir preparada para ser. Porque a sensação é de que quanto mais me preparo, mais tenho a aprender. “Inacabada e inacabável”, como o Livro do Desassossego, de Pessoa: “Sem enredo ou plano para cumprir, os seus horizontes foram se alargando, os seus confins ficaram ainda mais incertos, e a sua existência enquanto livro cada vez menos viável”.
Enfim, tenho toda uma crise precoce dos 30 para administrar. Não me estenderei mais. Apenas deixar os meus sinceros parabéns, além de expressar minha solidariedade, para os alguéns envolvidos nesse processo, meus melhores amigos. Amo vocês.

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