quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

No more pictures for while….


NY 10/09/2007



Dias que não começam bem têm, normalmente, 90% de chances de não acabarem bem. Não sei por ainda insisto com esses 10% . Estive na iminência de pegar o trem de volta para casa e me trancar em meu quarto pelo menos umas 10 vezes ao longo do dia...
Enfim. Ontem foi um dia duro. "Hard" como se diz por aqui. Que já começou dando todos os indícios de seria assim. Acordei de ressaca e atrasada. Tudo muito recorrente. Porém, antes mesmo de abrir os olhos dei início à sucessão de ações infelizes que fizeram dessa sexta-feira um dia particularmente irritante. Um movimento brusco, proporcionado por um sonho desagradável, levou meu celular ao solo com uma estranha força. Quebrou-se a tela. Problema número um: perdi meu principal meio de comunicação: as abençoadas e baratas mensagens de texto. Pronto. Já tinha motivo suficiente para ficar em casa e decretar que meu dia de folga seria realmente de folga. Mas não.... a pessoa é do tipo de honra compromissos....
Tinha marcado com um suposto locatório de olhar um apartamento em Manhatan para alugar. Problema número dois: nome, endereço e telefones do indivíduo estavam gravados no aparelho que espatifou-se. Num esforço sobrenatural, consegui resgatar de minha memória alguns números e partes do nome da rua do local combinado. Fui. Sempre corajosa.
Peguei o trem e alguns poucos quilômetros mais tarde uma voz estridente anuncia que há fogo na próxima estação. Como assim???? Sim, pegou fogo (em NY tudo é possível, lembra?) .... e a viagem, pelo menos, naquela linha não poderia continuar... A essa altura eu já estava 20 minutos atrasada. Somando aí mais uma hora do percurso até o centro da cidade, concluí que chegaria ao meu destino cerca de uma hora e meia mais tarde. Só que não previ o que era mais previsível: eu me perderia. E essa uma hora e meia subiu para duas horas e quarenta minutos. É claaaro que o cara já tinha vazado. Tudo bem, vai... Eu também teria ido...
Decidi encontrar a Anita, que também não andava muito entusiasmada, para um happy hour. Me perdi de novo, quase cruzei a cidade a pé, e quando consegui chegar me deparei com três copos vazios de margarita e uma Anita naquele grau. Pegamos um taxi para um lugar mais legal... “Pô, hoje é sexta-feira.. Vamos curtir a night...”. E aí, aquela partezinha de memória que usei para resgatar o endereço do cara, provou que faria falta. Esqueci minha câmera novinha dentro do automóvel!!!!! Chorei de raiva. Me restavam duas opções: a casa (a uma hora dali) ou a jaca (ao alcance da mão. Ou do pé, nesse caso.). Fiquei com a segunda opção. Tomei meu primeiro porre nos Estates. Não lembrava de nada no dia seguinte. Menos mal. Tem dia que é melhor nem lembrar que aconteceu.

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